Sobre Fabrício Escandiuzzi: Jornalista mineiro radica em Florianopolis/sc escreve para diversos sites como TERRA.COM.BR,entre outros,para mais informações do trabalho desse otimo jornalista acesse o blog do mesmo
http://escandiuzzi.wordpress.com/
Uma tecnologia de identificação e impressão a laser desenvolvida em uma incubadora de Santa Catarina pode ajudar a reduzir os prejuízos da indústria automotiva com a pirataria de autopeças e os recalls.
A solução, usada para marcação de polímeros e metais, é utilizada para identificação individual de produtos. A pirataria de autopeças, segundo estimativa do setor, gera um prejuízo anual de R$ 3,5 bilhões às indústrias automobilísticas. A tecnologia desenvolvida pela catarinense Welle Laser, localizada na incubadora Celta, em Florianópolis, permite que qualquer consumidor possa descobrir a origem e se o produto comprado é original ou falsificado.
De acordo com Rafael Bottós, presidente da Welle, o laser cria uma identidade para cada peça distribuída no mercado. Um aparelho de telefone celular, através de um software gratuito, pode ler todas as informações impressas na autopeça, como se fosse um código de barras habitualmente encontrado em supermercados. "Muitas peças vêm da China e o consumidor final não consegue identificar facilmente se é de boa qualidade", afirma. "Com essa marcação e um celular, é possível rastrear a sua origem e saber se o produto é seguro."
A tecnologia foi apresentada durante uma feira automotiva realizada este mês em Caxias do Sul, na serra gaúcha. Para as fabricantes de veículos, o sistema proporcionaria recalls apenas nas peças defeituosas. "Cada pedaço de um carro teria nome e endereço. Com a base de dados, em caso de um recall, seria possível contatar diretamente os proprietários de veículos em que houvesse o problema", afirma Rafael, lembrando que atualmente as substituições são realizadas por lotes. "É uma operação imensa e que gera desgaste para as companhias."
A empresa não revela o custo da tecnologia, que pode ser aplicada em todos os componentes de um motor. Bottós defende o uso da "marcação em laser" como forma de acompanhamento do desempenho dos produtos no mercado.
A impressão é feita em menos de um segundo e tem como uma de suas vantagens o fato de não gerar resíduos com químicas ou tintas, como ocorre em etiquetas ou impressões normais. "Quando se trata da tecnologia a laser, estamos falando de algo permanente e de baixo custo com relação ao valor agregado", diz Rafael. "Quem investe nesse tipo de tecnologia, demonstra interesse e preocupação com a qualidade do seu produto."
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